As Sete Linhas da Umbanda

As 7 linhas da Umbanda

As Sete Linhas da Umbanda – O Início

Em 16 de novembro de 1908, Zélio de Moraes, em São Bernardo do Campo, marcou a história da Umbanda ao incorporar, pela primeira vez, o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Esse evento histórico consolidou a Umbanda como uma religião brasileira, com suas 7 linhas espirituais, e assim estabeleceu as bases para uma rica tradição religiosa. Você confere a história da Umbanda aqui.

A Umbanda se diversificou ao longo dos anos, dando origem a 7 linhas distintas, posteriormente conhecidas como as sete linhas da umbanda. Cada uma dessas linhas possui características e propósitos únicos, resultando portanto em uma rica e variada expressão da religião:

Amplamente associada à pureza e à luz divina, essa linha representa a serenidade e o amor incondicional. Assim, as entidades ligadas a ela são conhecidas por promover a cura espiritual, o equilíbrio e a orientação, fortalecendo a fé e a conexão com o Criador. Então, a forte presença de Oxalá, orixá da criação e da paz, confere a essa linha um caráter de pureza, serenidade e amor divino.

Entidades: Espíritos de alta espiritualidade, como os caboclos de Oxalá.
Atributos: Paz, clareza, luz, purificação.

Iemanjá, a poderosa Mãe dos Mares, lidera a linha mais reverenciada da Umbanda. Assim sendo, essa linha simboliza a maternidade divina, a fertilidade, a intuição e a proteção. Consequentemente, seus filhos, profundamente conectados à natureza e às águas, buscam em Iemanjá paz, cura e orientação espiritual. Além disso, a linha de Iemanjá se destaca por rituais vibrantes que envolvem oferendas à rainha dos mares, como flores, velas e alimentos, acompanhados por banhos e orações. Dessa forma, a energia de Iemanjá se torna um refúgio para aqueles que buscam conforto, proteção e renovação espiritual.

Entidades: Entidades relacionadas à água, como os marinheiros e caboclos das águas.
Atributos: Maternidade, proteção, cura emocional, acolhimento.

Xangô rege esta linha da Umbanda, exercendo sua poderosa influência como senhor da justiça, dos raios e dos trovões. Associado ao fogo e à cor marrom, este Orixá simboliza força, autoridade e lei. Consequentemente, seus filhos, conhecidos por sua determinação e busca por justiça, recorrem a ele em busca de força para superar desafios e alcançar seus objetivos. Além disso, a linha de Xangô se destaca por rituais vibrantes que envolvem oferendas como mel, azeite de dendê e comidas quentes, acompanhados pelo toque contagiante do atabaque e pela dança. Dessa forma, a energia de Xangô é invocada para trazer justiça, proteção e equilíbrio à vida de seus devotos.

Entidades: Relacionam entidades como os caboclos de Xangô e os exus de Xangô ao fogo.
Atributos: Justiça, verdade, proteção e força.

Ogum, o Orixá guerreiro, rege uma das sete linhas da Umbanda, simbolizando a força, a proteção e a justiça. Conhecido como o senhor dos caminhos, Ogum portanto guia seus filhos em suas jornadas, abrindo portas e superando obstáculos. Além disso, sua energia vibrante manifesta-se na cor vermelha e está associada ao ferro, ferramentas e armas, representando a força e a determinação. Por conseguinte, os filhos de Ogum são conhecidos por sua coragem, lealdade e espírito de luta. Através de rituais e oferendas, os devotos de Ogum buscam sua proteção e força para enfrentar os desafios da vida.

Entidades: Caboclos, exus e orixás guerreiros, como Ogum.
Atributos: Força, coragem, luta, proteção, determinação.

Oxóssi, o Orixá das matas e da caça, rege uma das sete linhas da Umbanda, simbolizando a sabedoria, a intuição e a conexão com a natureza. Conhecido como o senhor das flechas e dos caminhos, Oxóssi guia seus filhos na busca por conhecimento e equilíbrio. Além disso, sua energia está associada à cor verde e às plantas, representando a vida, o crescimento e a renovação. Por conseguinte, os filhos de Oxóssi são conhecidos por sua espiritualidade, paciência e busca por sabedoria. Através de rituais e oferendas, os devotos de Oxóssi buscam sua proteção e orientação para alcançar seus objetivos e encontrar seu lugar no mundo.

Entidades: Espíritos indígenas, conhecidos como caboclos.
Atributos: Cura, sabedoria, força da natureza, proteção.

A linha de Yori, na Umbanda, representa a pureza e a inocência da criança. Sincretizada com os santos gêmeos Cosme e Damião, essa linha vibra com a alegria, a esperança e a leveza da infância. Além disso, os espíritos que se manifestam nessa linha trazem consigo a energia da cura e da proteção, atuando como verdadeiros anjos da guarda. Por conseguinte, os filhos de Yori são conhecidos por sua fé, bondade e capacidade de perdoar. Através de brincadeiras, cânticos e oferendas, os devotos de Yori celebram a vida e a pureza da criança interior, buscando a harmonia e o equilíbrio em suas vidas.

Entidades: Erês, caboclos mirins.
Atributos: Cuidar do parto e infância. Promover o amor e a união. Também resgatar a inocência.

A linha de Yorimá (Obaluaê), na Umbanda, representa a sabedoria ancestral e a experiência dos espíritos mais antigos. Liderada pelos Pretos-Velhos, essa linha simboliza a cura, o aconselhamento e a transmissão do conhecimento. Além disso, os espíritos que se manifestam nessa linha trazem consigo a experiência de várias encarnações, proporcionando aos seus filhos uma visão mais ampla da vida. Por conseguinte, os filhos de Yorimá são conhecidos por sua sabedoria, compaixão e capacidade de ajudar o próximo. Através de passes, benzimentos e conselhos, os devotos de Yorimá buscam a cura espiritual e emocional, encontrando conforto e orientação em seus ensinamentos.

Entidades de Obaluaê: Pretos-Velhos
Atributos: Cura, Purificação, Proteção, Transformação Espiritual

Esperamos que tenha gostado do nosso texto sobre as sete linhas da umbanda. Portanto, convidamos você a ler o artigo sobre a história da umbanda e saber mais sobre o início dessa linda religião sob a regência das 7 linhas da umbanda.

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